Fossem meus os tecidos bordados dos céus,
Ornamentados com luz dourada e prateada,
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz,
Os estenderia sob os teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.
William Butler Yates - 1880
Às vezes apetece agarrar no braço de alguém e pedir-lhe que vá devagar, que "pise" com cuidado, que não se esqueça que, em baixo, estão os nossos sonhos...
Um dia escutei que uma pessoa pode ser/ficar "quebrada" e achei estranha a expressão.
Anos mais tarde, entendi-a.
Ainda hoje, tanto tempo depois - tanta vida vivida -continuam as rachas apesar da "cola" e dos remendos de crescimento que já levou.
Estranho o nosso coração...
Há mesmo palavras que não se deviam pronunciar...