Domingo, 27 de Maio de 2012
 
Simon & Garfunkel, Bridge Over Troubled Water, Central Park
(lindo e eterno)

 

É assim que estou- no meio de adaptações e águas que borbulham e correntes que me levam a sítios diferentes...

Mas tenho sentido paz dentro de mim.

Não tem sido fácil, tenho começado o dia muito cedo, às 6,38h já estou sentada no comboio ;)

Há a distância percorrida de comboio (50m), e depois o percurso de mais de 25m a pé (sim, estou a ficar em forma!) e toda a adaptação a uma disciplina que não leccionava há mais de 6 anos, apesar de estar habilitada profissionalmente para a ministrar.

Muita novidade junta, portanto.

Tudo somado, já perdi 2,5Kg e, em mim, é muito.

Mas vou queixar-me? Não, não posso.

Trabalho e vou tendo saúde e capacidade para gerir tudo e tanto.

E pelo que já escutei: amanhã vai estar sol :)

 

Boa semana a todos e desculpem algum silêncio forçado.



publicado por Marta M às 22:16
Quinta-feira, 05 de Abril de 2012

"Eu pedi amor

E Deus deu-me pessoas

Com problemas para ajudar."

Revista XIS -2006

E abre-se uma Janela.

Sempre.

Ontem escutei todas aquelas palavras ingratas que coroam esta época baixa que atravesso...

Mais uma vez constatei o que já sei, mas que me custa admitir: que nem todos os investimentos têm retorno garantido, e menos o amor que se dedica...

É cuidar, fazer e...esquecer. Entregar literalmente, portanto.

E sentia o peito apertado, as mãos fechadas, a desilusão instalada e castradora...

Mas nada é absolutamente estanque ou definitivo, a vida sempre surpreende e, sem aviso prévio, nos requisita de volta.

Assim, no dia a seguir às palavras duras e à falta de compreensão, surge a mão...

Não a mão a que se perguntou por carinho, não a mão grata, mas a mão que pede.

A mão que hoje de manhã se estendeu para mim, não foi a que tanto esperei, mas foi a mão certa, reconheço-o.

Quando a caminho do café matinal, passo lento, reflectia sobre a injustiça e procurava respostas... Surge a voz e,  timidamente, pede ajuda:

- Menina...

Lá estava ela, a minha resposta, corporizada numa senhora idosa, sentada nas escadas de acesso a um prédio. Pequenina, com o pé enfaixado e a mão estendida em minha direcção.

Disponibilizei-lhe a minha e senti imediatamente o calor da sua. Segurei aquela mão calejada e endurecida pelos anos e, surpreendentemente, senti-a quente e amável.

Ajudei-a subir até ao seu andar com a  muleta do outro lado.

Agradeceu-me tanto...

E no entanto eu é que devia agradecer-lhe.

Foi uma dádiva para mim ajudá-la, sentir a sua mão na minha, e a possibilidade daquela troca tão humana.

Estava mesmo a precisar de uma mão, e ela veio.

Obrigada eu, minha senhora..... :)

 



publicado por Marta M às 21:56
Sexta-feira, 30 de Março de 2012

Amigos:

Tem sempre que ser assim? Em plano inclinado?

Resistimos, sim claro...

Sabemos que tudo é impermanente.

Tudo - sei-o bem.

Mas...

Ainda assim, somos também um corpo físico com limitações e fraquezas, e ele nem sempre nos acompanha na resiliência...

Esta semana estou fisicamente bastante fragilizada.

Tenho mesmo que cuidar um pouco melhor de mim, não é?

Repirar fundo...

Para continuar.



publicado por Marta M às 21:01
Domingo, 12 de Fevereiro de 2012

Jornal Sol (aqui) 

Sempre encontrei imenso sentido na declaração deste filósofo Dinamarquês -Kierkergaard.

Esta semana ela voltou a ressoar oportunamente dentro da minha cabeça.

Num tempo um pouco exigente demais para mim e porque sei (sinto) que devo apostar no que é positivo e que me abre horizontes, faço o que sempre fiz - procuro inspiração e... Sigo.

E encontro-a nos meus livros e, em todos aqueles que, mal grado as difíceis circunstâncias que os rodeavam (neste caso todo um país?), ousaram pensar pela sua cabeça e não abdicaram dos seus valores... E tinham tudo o ganhar se o fizessem. E ninguém os criticaria...

Mas, com todos os atenuantes, não cederam.

São pessoas assim que me fazem nunca perder a esperança na humanidade e na força de um gesto individual.

Voltando atrás no tempo e tentando colocar-me no lugar deste homem que inicialmente pertencera ao partido Nazi e, que usando o coração e os seus valores humanistas, contraria posteriromente aquela ideia dominante de que, todos apoiavam  a barbárie Nazi por medo ou convicção, recusando-se à  saudação acéfala... Gesto que lhe poderia custar a vida ou a liberdade.

Mas ali está ele, contra toda a conveniência, contra a corrente.

Haverá maior demonstração de coragem?

Sem euforia, sem a adrenalina que é o motor de tantos que se dizem "corajosos"...

Ali no meio da multidão que reponde ( mentindo no gesto ?), que alinha, ele permanece na sua decisão e o seu cruzar de braços e silêncio é o grito que fica  ecoar mais alto.

Nada de comparável com as nossas dificuldades, eu sei, nada de tão exigente e perigoso nos é pedido.

Com as devidas distâncias e proporções, continuo a achar que pessoas assim que ousam, que persistem, que acreditam em si e no seus valores, quando seria mais fácil (e cómodo) alinhar e são coerentes no gesto e na vida, merecem continuar a ser modelos e a inspirar-nos quando queremos, simples e humanamente, deixar-nos ir na corrente e... "desanimar".

Não pode ser, pois não?

 

Nota:

Marcolino, meu amigo: Aqui fica para si, o sorriso :)

Obrigada.



publicado por Marta M às 12:48
Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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