Quinta-feira, 16 de Junho de 2011

(Imagem deste blog, cuja leitura recomendo)

Sim, amigos.

Mais perspectivas. Porquê?

Porque parece que existem alturas em que determinas direcções nos chamam e fazem mais sentido ou se impõem naturalmente pelas solicitações da vida ou porque quem nos rodeia parece estar a precisar de determinadas palavras e elas vêem ter connosco como se fôssemos canais...

Em finais de ano lectivo volta sempre esta sensação de urgência que me invade, esta sensação de que me estou a esquecer de algo...

De que resta algum aluno a quem ainda devo uma palavra, um gesto, um conselho certeiro (?)...

Este ano parece que a palavra que se impõe é a perspectiva - aquela cuja abertura  nos permite colocar no lugar do outro e, com esse exercício, arejar, limpar o ar das relações e permitir que a comunicação se faça de forma mais fluida.

E que todos sejam beneficiados.

Tenho lido muito sobre este tema e procurado as razões e a argumentação que me permitam sustentar os conselhos que os meus jovens alunos precisam. Por isso gosto de histórias e parábolas.

Encontrei esta, numa das minha autoras favoritas e no livro que agora estou a ler:

"Conhece aquela lenda indiana dos quatro cegos (...) que encontraram um elefante? Um foi de encontro à barriga do elefante e disse: Esta aqui um muro!.

Outro chocou com a perna e observou: Encontrei uma árvore!. O terceiro cego tocou na tromba do elefante e comentou: Está aqui uma mangueira!.

O quarto sentiu a cauda e exclamou: Encontrei uma corda!

Os quatro juntos poderiam chegar à conclusão que tinham encontrado um elefante . Mas para isso teriam que admitir que há outros pontos de vista.

Se cada um se  mantém no seu modo de ver e não admite outro, torna-se mais cego.

Quanto mais cada um se fixa na sua maneira de ver, menos vê"

Ouvir, Falar, Amar - Laurinda Alves 2011

 

E é assim mesmo, juntos vemos e vamos mais longe, porque cada um pode dar o seu contributo para o todo final.

Mesmo quando alguém pensa diferente de nós e nos desinstala das nossas certezas, obrigam-nos no exercício de negação a ir mais longe na justificação e fundamentação das nossas das razões.

Todos saem a ganhar e a ver com maior amplitude e, portanto, tudo ponderado, a ver mais claro e longe...  :)



publicado por Marta M às 15:54
Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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