Parece óbvio que é continuar, não?
No fundo é apenas uma convenção social essa ideia de recomeço do ano civil. Mas nós que precisamos de metas que simbolizem mudanças e marcos, gostamos desta ideia: da possibilidade de recomeçar e da suposta magia deste reinicio cíclico do calendário que permite a alteração de um número e, nesse exercício, criar novas possibilidades.
Porque como refere sabiamente o Pe. Alberto Brito- no livro "Viver, Orar, Falar" - recorrentemente citado pela Laurinda Alves:
"Ninguém evolui em linha recta(...)"
Esta afirmação faz todo o sentido porque, já se sabe: O mundo, os acontecimentos e a nossa vida são, regra geral, curvos, em queda, ou ascensão...
E se, nesse "jogo" vital, é imperioso ainda manter a evolução e o continuo aperfeiçoamento... Tarefa que, todos sentimos, consome praticamente todo o nosso tempo de vida... E se ainda é suposto continuar a resistir (mal?) aos testes contínuos a que estamos sujeitos...
Tudo somado, isto seria tarefa para Hércules e, portanto, difícil fazer a direito.... :)
Por tudo o que fica dito e pela exigência que devemos aplicar em primeiro lugar à nossa própria conduta, aproveitar estes reinícios, ainda que artificialmente construídos, é uma forma de, conta-quilómetros a zeros, limpar a tralha que nos habita e pesa, e retomar (uma e outra vez) a demanda.
Bom e pacífico Ano Novo para todos.
De coração,
Marta M