Pessoas pouco exigentes falam sobre coisas,
pessoas comuns falam sobre pessoas,
pessoas inteligentes falam sobre ideias.
Platão - Atenas (348-347 a.C.)
Ouvi esta citação há muitos anos, vinda do meu professor de História do secundário. E retive-a, apontando-a junto a outras no meu diário..
Nunca mais a esqueci e diversas vezes recorri a ela usando-a nas aulas, especialmente com os meus alunos do Secundário, quando estes já revelam maturidade para a entender. Confesso que não havia retido o autor, mas numa pesquisa mais cuidada, encontrei esta referência que me parece provir de um site razoavelmente sólido.
E faz sentido no discurso filosófico do mestre Platão.
Ontem, por entre vários acontecimentos agradáveis, ela voltou a fazer tanto, mas tanto sentido que não mais me saía da cabeça a pedir que me debruçasse sobre ela e escrevesse.... :)
Pois, é verdade, existem pessoas que encarnam na essência mais pura, a terceira linha deste pensamento.
Existem pessoas que têm uma forma de inteligência e uma arquitectura mental que sempre nos surpreende numa conversa, que nos deixa a pensar e a nossa resposta não fluí. Não ocorre, não se consegue avançar e ripostar depois de ouvir certas ideias. Elas batem cá dentro e não há forma de negar, temos que sair mesmo da nossa "zona de conforto" e largar o discurso socialmente aceite e formatado, como me disse.
E o acerto subsiste, ecoa continuamente e interpela-nos, quer pela novidade do discurso quer pela lucidez e tamanho de coração.
E também porque nos emociona pela sensibilidade, porque percebemos que mesmo sem darmos toda a informação, mesmo que contornemos continuamente o que nos magoa, e alinhemos repetidamente o "tudo bem"... Existiu alguém que se deu conta - alguém que se comoveu e viu.
Alguém que olhou com atenção para dentro dos nossos olhos...
Alguém que se importou. E para mim já é muito.
Existem amizades preciosas na nossa vida.
Obrigada pela luz meu amigo.