Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2011

 

 

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Para que hoje pudéssemos ter o privilégio (sim, privilégio que não é realidade para todos neste planeta!) de votar em liberdade, muitos antes de nós deram a sua liberdade, e até a sua vida para que essa garantia estivesse inscrita na nossa Constituição.

Particularmente as mulheres que foram sempre discriminadas e consideradas cidadãs de segunda até há não muito tempo atrás neste país, creiam-me.

E essa luta de outros antes de nós merece reconhecimento e respeito (e memória), mesmo que os actuais representantes das nossas instituições democráticas não estejam à altura dos seus antecessores.

Mas não há de ser o mau trabalho dos actuais que há de liquidar todo o esforço de gerações de portugueses que lutaram para que a democracia fosse uma realidade, para nós e para os nossos filhos.

É por isso que volto hoje a apelar ao voto.

Ao voto livre e consciente de que, apesar de tudo e do tanto que vai emergindo de um ou de outro candidato, eles não são, de facto, iguais.

E não entro, nem alimento "fulanizações" excessivas ou o escavar contínuo que sempre produz resultados. Ainda que notoriamente forçados.

Não, as Instituições são maiores do que os seus inquilinos ou os seus representantes.

E cabe a nós escolher e separar o trigo do joio.

E de exigir que eles o separem também. E de sermos vigilantes. E exigentes.

E de apoiar as propostas que são realmente alternativas e propõem-se fazer diferente.

Porque se os colocamos todos no mesmo cesto e os rotulamos em grupo- não salvaguardando ninguém - como "corruptos" ou "desonestos" sem excepção...

Pois que cidadão de bem se quererá ver associado à política e à suposta "corja"?

Nessa altura, afastados os não totalmente "perfeitos", mas na sua essência honestos e trabalhadores e com uma ideia para o país, os lugares ficarão vazios para todos os outros - aqueles que não têm pruridos de honra e que só procuram a  oportunidade de usufruir (eles e os amigos) do tesouro e das Instituições do Estado.

O Estado é também nossa responsabilidade e quando nos pedem que expressemos a nossa opinião (também para além do voto, que não esgota todas as formas de cidadania activa) pois não deixemos que outros escolham por nós...

Mesmo que seja para votar em branco, mostrando com isso que, exerço o meu direito, mas não "vos reconheço, a nenhum, digno da minha confiança e voto."

E que os mesmos de sempre, agora tão claramente descartados, saiam de cena e deixem espaço para outros

Pode ser que outros, perante este "recado" se sintam com ânimo e coragem para vir à cena política, dar o seu contributo fresco.

E quem sabe o país e nós por extensão, ganhemos um novo rumo.

Fica o apelo e duas possíveis alternativas...

Como diz o "Tiririca": Pior que tá, não fica!" 



publicado por Marta M às 20:06
Excelente artigo.
Na verdade deviamos pensar que hoje nos damos ao luxo de contribuir para a abstenção, quando tantas mulheres lutaram toda uma vida para poderem contribuir com o seu voto, a sua escolha... na vida política.
É um dos nossos deveres participar na vida cívica. Podemos até votar em branco, mostrando o nosso descontentamento.
Mas temos o dever de participar e não apenas de dizer que nada vai mudar. A responsabilidade é de todos. Temos que acreditar que juntos somos capazes de mudar a situação deste país. Mas não basta querer mudar. Temos que FAZER alguma coisa. Porque o Estado somos todos nós. O dever é de todos nós.
Um abraço.
in-perfeita a 7 de Janeiro de 2011 às 21:33

Olá e obrigada por compreenderese dares o teu contributo.
É muito tranquizador perceber que muitos destes meus amigos da blogosfera levam muito a sério a sua cidadania.
:)
Abraço
Marta M
Marta M a 12 de Janeiro de 2011 às 18:24

Olá, Marta!
Mal pude votar, em consciencia, e em plena liberdade, jamais deixei de estar presente, a este nobre acto, mesmo com certas dificuldades da minha saude que, diga-se de passagem, nunca foram empecilho, nem desculpa, para o meu exercicio de votar!
Os bruás, que se tentam fazer ouvir à minha volta, batem, escapulindo-se com ricochete, na minha indiferença, porque sei aquilo que quero, de melhor, para mim.
Se me der a escutar certos dichotes, corro sérios riscos de errar, tal como todo e qualquer soldado que, durante fogo cerrado, numa estratégica pausa do inimigo, põe a cabeça de fora da sua trincheira, para olhar de onde vieram tantas balas, acabando por ser mais um a morrer distraido...
Nunca deixei de votar, nunca anulei um voto, nem alguma vez votei em branco, porque votar foi sempre um acto de cidadania livre e democrática!
Abraço de bom fim de semana,
Marcolino
Marcolino a 7 de Janeiro de 2011 às 23:13

Ogrigada Marcolino, por mais esta achega no sentido de mobilizar tudo e tudos para dar a volta a este país.
Ninguém esta dispensado!
Abraço grande
Marta M
Marta M a 13 de Janeiro de 2011 às 17:29

Olá Marta!
Como sempre , gosto do que escreve sobre estas coisas da "política". Claro que devemos votar! Ainda que seja em branco. Mas tenho a certeza que os mais disiludidos não vão votar e assim darão mais oportunidade a que tudo se repita... e isso eu não queria! Tem de haver mudança...!
Beijinhos e bom fim de semana
Rosinda
Rosinda a 7 de Janeiro de 2011 às 23:49

Rosinda.
Eu vou tentando amiga, mas nem sempre acerto.
Lá isso...
Dou o meu contributo na medida do que posso e devo e "espicaço" outros para que contribuam.
Já se sabe que o país conta contigo.
Obrigada :)
Abraço
Marta M
Marta M a 13 de Janeiro de 2011 às 20:30

Marta venho agradecer-lhe a sua amizade o carinho que apesar de algo menos positivo me deixou e levo comigo. Tudo de bom sempre para si e para os seus. Bjs
FatimaSoares a 8 de Janeiro de 2011 às 14:50

Fátima:
Foi com pena que constato que fechou os seus blogs e deixou temporariamente de publicar neles...
Entendo que esteja cansada e respeito a sua decisão, mais porque sei que, fisicamente a sua saúde não tem estado no seu melhor e, nessas alturas só nos apetece (só pensamos) em descansar.
Mas sei também que não há nada como um dia atrás do outro e que o nosso ânimo é algo que sempre nos surpreende pela positiva.
E a nossa capacidade de resiliência também.
Por isso aguardo a sua resolução, tendo por certo que há de encontrar forma de expressar-se pela escrita, porque está na sua natureza fazê-lo e reconheço que o faz bem e inúmeras vezes também a mim tocou o coração....
Encontre o melhor para si e para o seu coração.
Termino ainda, permitindo-me ainda lembrar que, nem tudo, minha amiga, é o que parece...
Obrigada pelas boas palavras que, tanto hoje, como sempre, recebi de si.
Abraço de boas melhoras e fique bem.
Até qualquer hora, espero.
Marta M
Marta M a 13 de Janeiro de 2011 às 21:06

Eu concordo inteiramente consigo Marta. É preciso votar sempre, ainda que em branco, só assim cumprimos o nosso dever de cidadãos, pois se exigimos mudança, temos de ser parte activa nela.
bjns
cuidandodemim a 9 de Janeiro de 2011 às 15:46

Fazendo parte da mudança que queremos ver, não?
obrigada por juntares aqui a tua voz.
Achas que o país escuta?
Abraço
Marta M
Marta M a 13 de Janeiro de 2011 às 22:12

Se queremos mudança temos de ser parte activa nela. Pessoa a pessoa, as coisas vão mudando, ainda que lentamente, mas tem de se começar por algum lado, fazendo o que está ao nosso alcance.
Bjns
cuidandodemim a 15 de Janeiro de 2011 às 07:45

Votar é uma questão de cidadania é um dever cívico e ninguém se devia emiscuir de o fazer, mesmo que o voto vá em branco.
Jamais deixei de votar, e apesar dos tempos conturbados em que vivemos, nada me impedirá do fazer novamente, mas nunca como hoje tenho tantas dúvidas, porque não ouço falar de projectos, de compromissos, de ideias inovadoras, mesmo que se pense que um PR não tem poder para colocar em prática, pode aconselhar, fazer pressão para que vinguem os seus ideais.
Estamos a assistir a uma campanha onde acusar é a palavra de ordem., deixando muitos portugueses sem capacidade para discernir e escolher este é o meu caso; mas votar..isso voto...sempre.

Beijos
Manu
Existe um Olhar a 9 de Janeiro de 2011 às 22:50

Manu:
Esse é o grande problema desta campanha. Não está a esclarecer e está a nivelar por baixo...
Fico triste e apreensiva pelo futuro deste país, mas ainda assim não baixo os braços e não pretendo (não podemos?) resignar-me.
E continuo pedagogicamente a apelar a outros que se juntem...
Precisamos de todos.
Abraço amiga e tenho adorado ler-te, apesar do pouco tempo para te comentar
Abraço grande amiga
Marta M
Marta M a 13 de Janeiro de 2011 às 22:19

Olá Marta,
Excelente post. Acho que nunca, como agora, é urgente e necessário o voto. Está tudo tão mau. As prespectivas de melhorar são poucas ou nenhumas, mas se nos encolhermos no nosso canto, aí sim, estamos a dar o primeiro passo para a inércia. E sem "autoridade moral" para reclamar seja do que for.
Só votando podemos exigir.
Beijinhos
a 10 de Janeiro de 2011 às 17:37

olá Fá:
Sabes que este post metem surpreendido pela positiva?
Até na escola onde tantos parecem muitíssimo descontentes, tenho escutado palavras de ânimo e constato que muitos ainda acreditam neste país.
Fiquei contente e com esperança de que, talvez, mais unidos e exigentes, pois, ainda consigamos dar volta a isto.
Aposto nisso.
Abraço e obrigada pela visita :)
Marta M
Marta M a 13 de Janeiro de 2011 às 22:26

Gostei muito do artigo e da linha de pensamento, talvez as pessoas se desleixem no papel devido á democracia, talvez passem parte das responsabilidades para os eleitos e ao deixarem as decisões para os outros por se alhearem do processo democrático, se lamentem porque alguém "meteu a mão no meu queijo" eheheheheeheh

Em boa verdade, devemos votar de consciência tranquila, votemos em quem quisermos ou até em branco, podemos discordar de alguns ou até de todos, mas não podemos é resignar das nossas próprias responsabilidades, porque tudo o que o País é no corrente momento, o é derivado à acção directa ou indirecta de mais de 10 milhões de almas, que na imensidão de escolhas, decisões, opções, concordâncias, correlação de forças, grupos de pressão, et cetera e tal, todos os dias vão modelando os destinos da Nação.

Cada pessoa é uma gota, muitas gotas formam uma valeta de água, as valetas se juntam e formam um ribeiro, que junta-se a outros ribeiros para formar um rio, que de uma forma ou de outra acaba por se juntar ao mar. Parece fácil apercebermos que se as gotas quiserem, o rio não se preenche e não se realiza, só que o díficil nesta analogia de conto improvisada, é convencer as gotas de água a formarem o rio da mudança!

Pois acho que me alonguei, mas foi com gosto sim ehehehehe

Beijinho radioso
Paulo a 11 de Janeiro de 2011 às 16:09

Paulo:
Alongou-se e bem neste seu coment tão eloquente e que só posso subscrever na íntegra.
Obrigada Paulo por lembrar também referência ao "Quem mexeu no meu queijo" que é uma belíssima metáfora para o comportamento deste nosso povo ;)
Abraço grato
Marta M
Marta M a 13 de Janeiro de 2011 às 22:29

Olá Marta
Eu ando um bocadito desanimada com os politicos e já me passou(brevemente) pela cabeça em não votar, mas depois como posso eu reclamar(apesar de não adiantar grande coisa) por aquilo que acho mal?
Na altura que andava no curso, tive de fazer um trabalho sobre Cidadania e acabei por fazer sobre o Voto.
Acabei por pesquisar e encontrei a historia interessante da primeira mulher em Portugal a votar.
Ora segundo a minha pesquisa essa mulher foi Carolina Biatriz Ângelo. Era medica e defensora dos direitos das mulheres.
Nessa altura a lei eleitoral só dava direito a votar quem tivesse 21 anos, soubesse ler e escrever e fosse chefe de familia. Ora ela achava que tinha esse direito, visto ser viuva e ter uma filha a sua cargo. Depois de fazer um requerimento para que o seu nome constasse nas listas e de ele ter sido recusado não baixou os braços e apresentou recurso para o tribunal. Em abril de 1911 viu o seu pedido ser concedido.
Só por este esforço vale a pena irmos votar.
Beijinhos
geriatriaaminhavida a 15 de Janeiro de 2011 às 19:04

Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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Aviso:
As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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