Domingo, 02 de Agosto de 2009

 

 

(...) Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade (...)"

 

O direito à felicidade, consagrado na Declaração de Independência dos Estados Unidos (Julho de 1776) foi, desde sempre para mim, um dos direitos confirmados ao Homem que consagra e marca um avanço civilizacional quase sem paralelo na História da humanidade. Infere-se deste inspirado documento, entre outras constatações (que neste post me abstenho de explorar) que o governo não "criara" nenhum destes direitos, eles eram inerentes  ao Homem, anteriores a qualquer tipo de organização social, irrevogáveis por quem quer que fosse, portanto.

Sem outras considerações de carácter historiográfico ou jurídico, ao ler esta declaração gosto de pensar que, ao fixar em letra de lei uma aspiração humana intemporal, tantas vezes rotulada como utópica e irrealizável, os legisladores quiseram deixar claro que o direito ao espaço de procura da felicidade de cada um (ou de todo um povo no caso) só é garantido a partir de algumas condições de liberdade e segurança, da possibilidade de mudar o rumo e na ausência do controlo que sufoca...

Estendendo o paralelo lógico com a vida, percebe-se que apesar de ninguém poder prometer ou garantir a felicidade, mesmo não se podendo sequer apresentar "formula infalível" de encontrá-la a ninguém, temos o direito a ter o espaço e as condições para "sonhar" com ela e irmos à sua procura pelos caminhos que considerarmos mais convenientes. Ou mais possíveis.

Resumindo, ontem como hoje é importante fixar/lembrar em lei a garantia do direito às condições para sonhar e manter a esperança vital.

Visionários estes senhores do século XVIII...



publicado por Marta M às 16:28
Hoje tropecei nesta notícia, para reflexão de tod@s:

http://viseuesquerda.blogspot.com/2009/08/louca-apresentou-antonio-minhoto.html

“Todos somos políticos e eu concordo com a doutrina do Bloco de Esquerda, sendo que em alguns pontos concordo entusiasticamente”

A mim parece-me bem porque no fundo a doutrina social da igreja aproxima-se mais do humanismo de esquerda, mesmo que agnóstica ou ateia, do que da falsa moral propagada por Paulo Portas por exemplo. Pode contar com o meu voto! Porque a igreja tem que ir de encontro às verdadeiras necessidades das pessoas, sobretudo dos mais fracos e excluídos. E eu que ando afastado da igreja, ando à procura de opiniões acerca desta aproximação aos valores sociais cristãos, ou será que sou o único?

Com os melhores cumprimentos

José Reis Pinto

jose pinto a 3 de Agosto de 2009 às 21:02

Bom dia e obrigada pela sua visita. É sempre bem vindo!
De facto, pessoalmente, não sou praticante de nenhuma religião ainda que, evidentemente, me reveja na doutrina/filosofia de muitas.
Para mim o aperfeiçoamento pessoal é meta que persigo e perseguirei mesmo sem ver no horizonte respostas muitas finais ou sequer próximas disso. Será assim a nossa condição, acredito .
Procura constante, questionamento constante ...
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Bom dia e obrigada pela sua visita. É sempre bem vindo! <BR>De facto, pessoalmente, não sou praticante de nenhuma religião ainda que, evidentemente, me reveja na doutrina/filosofia de muitas. <BR>Para mim o aperfeiçoamento pessoal é meta que persigo e perseguirei mesmo sem ver no horizonte respostas muitas finais ou sequer próximas disso. Será assim a nossa condição, acredito . <BR>Procura constante, questionamento constante ... <BR class=incorrect name="incorrect" <a>Olink</A> que indica dá que pensar exactamente por esse aparente contradição entre uma esquerda ortodoxa e a filosofia Cristã, que no fundo mais não é que uma filosofia profundamente humanista . <BR>Pessoalmente tenho conhecido agnóstico e até ateus que são profundamente e genuinamente cristãos na sua prática. <BR>Ao não esperarem como recompensa o céu, essa condita tão ética parece-me de uma enorme generosidade .
Marta M a 4 de Agosto de 2009 às 12:31

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Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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