Entre tarefas e tarefas úteis e menos úteis mas incontornáveis, cá ando um pouco cansada e sem tempo de qualidade para este meu cantinho e para os amigos que tanto prezo.
Não que não os acompanhe, leio-vos com o interesse de sempre, mas sem a capacidade de vos comentar como merecem...
Esta semana tem sido pesadinha e não faltam actas ou relatórios de pura burocracia, mais agora que a escola se agregou com outra Secundária e há que transferir toneladas de responsabilidades e de dossiers.
Enfim, nos intervalos para além de ler e de vos ler, vou tentando interpretar a pouca-vergonha que inexplicavelmente vão grassando por este país.
Seremos mesmo, como afirmava Torga: "o país pacífico de um povo revoltado"??
Os episódios que se acumulam relacionados com a forma, digamos claramente, "trapaceira" com o Ministro Miguel Relvas conseguiu (?) a sua licenciatura é algo que não acabo de encaixar. Mais quando nesta semana, animo constantemente a minha filha, em plena fase de exames finais para a conclusão do curso de Direito, após 5 longos anos de trabalho árduo.
E falo-lhe de como o seu esforço será reconhecido....
Falo, pois...Mas ela e outros, conhecedores das notícias que tardam a ter uma consequência e punição exemplares, acreditam?
Será que esta ficção, exemplarmente cantada pelo intemporal Chico Buarque de Holanda, é mesmo a única realidade possível?
Apesar de tudo, recuso acreditar que esta é a única resposta para o país...
Ouçam a letra com atenção, vale a pena.