Sexta-feira, 30 de Março de 2012

Amigos:

Tem sempre que ser assim? Em plano inclinado?

Resistimos, sim claro...

Sabemos que tudo é impermanente.

Tudo - sei-o bem.

Mas...

Ainda assim, somos também um corpo físico com limitações e fraquezas, e ele nem sempre nos acompanha na resiliência...

Esta semana estou fisicamente bastante fragilizada.

Tenho mesmo que cuidar um pouco melhor de mim, não é?

Repirar fundo...

Para continuar.



publicado por Marta M às 21:01
Quarta-feira, 21 de Março de 2012

 

 

 

 Passei aqui ontem a caminho da resolução de assuntos pouco agradáveis...

Na volta, procurando "reciclar-me" e  "depurar-me", parei a meio desta lindíssima ponte pedonal que temos sobre o rio Mondego ( evoca os amores trágicos de Pedro e Inês de Castro) e fiquei por ali uns minutos..

Parada, a olhar o rio que corria manso...

Procuro fazer estas pausas quando a pressão me acossa e rodeia...

Assim pacifico-me e não me precipito em decisões ou palavras.

Os últimos dias (as últimas semanas) andam a exigir muito de mim e existem momentos que tenho que parar literalmente uns minutos e recordar (voltar) à minha essência, para que ela permaneça sempre como pano de fundo em mim, aconteça o que acontecer...

Assim não me "perco"do meio deste turbilhão.... 

Recordei Miguel Torga que o fazia ciclicamente a poucos metros dali (o memorial erigido nas primeiras fotografias, celebra esse seu hábito). 

Saía do seu consultório na Baixa (era o médico Adolfo Rocha) dirigia-se para junto do rio e contemplava-o...

Meditava e escrevia depois sobre estas pausas e sobre a paz que exercia sobre ele o rio que atravessa a nossa cidade.

E fazia-o com este saber e sensibilidade que só os poetas conseguem ter:

 

“De todos os cilícios, um, apenas,

Me foi grato sofrer:

Cinquenta anos de desassossego.

A ver correr, Serenas,
As águas do Mondego
 
Miguel Torga - Diários



publicado por Marta M às 22:09
Segunda-feira, 12 de Março de 2012

(Em branco)

Esta tela em branco está aberta - à espera das cores que a vida a vai pintar - a espera dos resultados...

Fiz a minha parte. Aguardo.

Junto aqui este livro, A Profecia Celestina, que teve um grande impacto na minha vida e foi uma peça fundamental para a contínua construção (tentativa?) da filosofia de uma não- alinhada como eu...

Alguém que gosta de colher, de aprender, mas que tenta nunca fechar (ou ainda não chegou lá..) a amplitude da perspectiva...

Porque ando a repetir coisas para mim, no sentido de que a redundância que uso nas minhas aulas, faça eco permanente e definitivo em mim...

Deixo-as aqui também:

-Livre-se do apego a um único resultado;

- Deixe o mistério desenredar-se;
- Permaneça aberto.
 
 
 
Nota vital: Tem sido muito difícil praticar...
 


publicado por Marta M às 20:00
Segunda-feira, 05 de Março de 2012

Quando os meus filhos eram pequenos costumava cantar com eles. E fazíamo-lo alto e a bom som no carro, a caminho de casa.

As nossas canções preferidas eram as do álbum Brincando aos Clássicos dos Queijinhos Frescos  com a Ana Faria.

Trouxesse  o dia o que fosse, ir buscá-los ao colégio, abraçá-los e e levá-los para casa comigo, compensava tudo. Tudo.

Hoje aqueles meninos estão grandes e, mesmo que os procure com empenho e em todos os cantos da casa...Aqueles pequeninos de olhos brilhantes e atentos...Não os encontro.

Já não andam a correr pela casa.

E tenho tantas, tantas saudades deles que me dói o peito, acreditam?

A impermanência de tudo e de todos os momentos, também os alterou e junto com o meu esforço, os fez crescer e evoluir.

Pois não foi para isso que lutei tanto?

Há dias em que constato que só ficaram mais altos, outros parece que cresceram e amadureceram tanto que me enchem de orgulho...E ultrapassam-me em inúmeros campos.

Sei que não devia ser assim - é mais forte do que eu - mas a época em que os meus meninos foram pequenos e em que eu caminhava, com um de cada a lado pela mão, fazia-me sentir invencível.

E feliz - em toda a essência da palavra.

Voltar a esta época é uma tentação, voltar a cuidar deles também.

Abraçá-los e receber os seus abraços é algo de que nunca me hei de fartar.

Nesta semana em que o meu filho viajou a trabalho para os EUA e lhe perderam a mala com todos os seus haveres, mal recebo o seu telefonema aflito e muito aborrecido, pois só me apeteceu correr em seu auxílio...

Mas ele não precisa desse resgate, sei que ele há-de dar conta da situação, provavelmente de forma muito mais eficaz do que eu...

Só que, a situação e a distância foram o suficiente para desatar todas estas lembranças bonitas que tenho, como tesourinhos sagrados, dentro do meu coração.

E cá estou eu outra vez a falar do mesmo, não é?



publicado por Marta M às 18:06
Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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Aviso:
As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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