Sempre encontrei imenso sentido na declaração deste filósofo Dinamarquês -Kierkergaard.
Esta semana ela voltou a ressoar oportunamente dentro da minha cabeça.
Num tempo um pouco exigente demais para mim e porque sei (sinto) que devo apostar no que é positivo e que me abre horizontes, faço o que sempre fiz - procuro inspiração e... Sigo.
E encontro-a nos meus livros e, em todos aqueles que, mal grado as difíceis circunstâncias que os rodeavam (neste caso todo um país?), ousaram pensar pela sua cabeça e não abdicaram dos seus valores... E tinham tudo o ganhar se o fizessem. E ninguém os criticaria...
Mas, com todos os atenuantes, não cederam.
São pessoas assim que me fazem nunca perder a esperança na humanidade e na força de um gesto individual.
Voltando atrás no tempo e tentando colocar-me no lugar deste homem que inicialmente pertencera ao partido Nazi e, que usando o coração e os seus valores humanistas, contraria posteriromente aquela ideia dominante de que, todos apoiavam a barbárie Nazi por medo ou convicção, recusando-se à saudação acéfala... Gesto que lhe poderia custar a vida ou a liberdade.
Mas ali está ele, contra toda a conveniência, contra a corrente.
Haverá maior demonstração de coragem?
Sem euforia, sem a adrenalina que é o motor de tantos que se dizem "corajosos"...
Ali no meio da multidão que reponde ( mentindo no gesto ?), que alinha, ele permanece na sua decisão e o seu cruzar de braços e silêncio é o grito que fica ecoar mais alto.
Nada de comparável com as nossas dificuldades, eu sei, nada de tão exigente e perigoso nos é pedido.
Com as devidas distâncias e proporções, continuo a achar que pessoas assim que ousam, que persistem, que acreditam em si e no seus valores, quando seria mais fácil (e cómodo) alinhar e são coerentes no gesto e na vida, merecem continuar a ser modelos e a inspirar-nos quando queremos, simples e humanamente, deixar-nos ir na corrente e... "desanimar".
Não pode ser, pois não?
Nota:
Marcolino, meu amigo: Aqui fica para si, o sorriso :)
Obrigada.