Quinta-feira, 29 de Abril de 2010
 
El Biblioburro!
Fazer acontecer sempre foi uma daquelas máximas em que acredito. E pratico.
Nem sempre resulta, mas o sentimento de ter tentado e dado o meu contributo para além do coro de diagnósticos habitual, faz-me sentir útil.
Inspirador - é a palavra que me ocorre para descrever este professor.
Principalmente num tempo em que se encontram desculpas para todos e para tudo, este professor não se conformou e, mãos à obra, fez acontecer  o seu sonho.
A forma artesanal ( e caricata) como trabalha e desenvolve a sua iniciativa apenas reforça a ideia de que, quando queremos mesmo, esquecemos (?) os "impossíveis", a obra nasce, avança e nada parece ser obstáculo.
O universo parece mesmo conspirar a seu favor, não é?
Mesmo olhando para as condições de armazenagem dos livros ( e a original forma de os catalogar e localizar!) e constatando o meio de transporte, as mesas de leitura, para a precariedade...Não nos ocorre ter pena daquelas crianças.
Ao contrário, percebemos a sorte que tiveram porque alguém, um professor no caso, os coloca em contacto com o maravilhoso mundo dos livros e com todo o imenso mar de possibilidades que isso encerra...
Um livro cheio de pó, mesmo amontoado, transportado num burro em condições impensáveis, mesmo lido no chão de terra batida, mantém intacto todo o seu potencial de aventuras, de saber e de descoberta nas mais diferentes áreas...
E tem o poder impagável de elevar aquelas crianças, resgatando-as para uma proposta de vida diferente, onde possam aprender mais e evoluir, tendo a possibilidade de construir um futuro melhor para elas, para as suas famílias, para a sua aldeia e quem sabe, para o seu país.
Este "maestro" tem a vontade e a capacidade de inspirar aquelas crianças e...a nós.
Adoro divulgar bons exemplos ;)
Regeneram a minha fé na humanidade.
 
 
Nota Importante: Este vídeo chegou a mim enviado pela minha querida Madrinha (e também professora) em um daqueles seus emails que me conseguem fazer pensar ou sorrir, mesmo em dias cinzentos e ocupados. Agradeço-lhe muito por isso e penso que ela o sabe, apesar da minha demora na retribuição. ;)
Proposta da minha amiga Teresa, esta notícia "redentora" nas suas palavras:


publicado por Marta M às 22:26
Sexta-feira, 23 de Abril de 2010

 

Esta semana, tenho tido imensos "remakes" da infância dos meus filhos...

Ou porque tenho recordado, reconstruído e falado dos felizes tempos do colégio com eles, a propósito da partida da querida Isabel, ou porque nos apetece sempre voltar ao lugar e ao tempo em fomos felizes.

Ou pelo menos falar deles...

Na mesma linha, falámos de Walt Disney que é, também, um marco na nossa vida e na infância dos meus filhos.

Quer pelas canções que sei (sabemos) de cor e cantei ao longo de anos com eles, quer pelo encantamento que nos produz, seja qual for a nossa idade...

São do filme "A Branca de Neve e os Sete Anões" as minhas primeiras recordações de estar sentada no cinema com a minha tia Gina e os meus primos (ainda consigo sentir dentro de mim o sabor das gomas que dividia com a minha prima Liza).

Foi também com Disney que retomei as minhas idas ao cinema, depois de anos afastada porque os meus filhos não podiam ir comigo.

Com eles, quando já tinham tamanho para se sentarem nas cadeiras, voltei a desfrutar dessa arte que desde sempre me encantou.

Lá estávamos quando podíamos, a assistir abraçadinhos, os quatro.

Magia é a palavra que melhor descreve os momentos que passámos juntos (o antes,  o depois e todo o cerimonial de preparação para irmos ao cinema  incluídos) e o encantamento que era vir para casa no carro a cantarolar as músicas que já haviam ficado no ouvido...

A propósito da infância, e numa semana em que ela esteve em permanente evocação cá em casa, deixo aqui esta curta-metragem, que reúne dois génios (embora, para mim, Walt seja supremo) Salvador Dali e Walt Disney, numa parceria iniciada em 1945, abandonada uns meses depois por questões financeiras e retomada e terminada 58 anos depois, quando ambos os protagonistas, infelizmente, já não puderam assistir.

O filme, Destino, tem seis minutos do surrealismo e do traço (às vezes endurecido) de Dali e a magia e a classe de Disney, combinados com mestria na sua aparente contradição (?) e que se fundem de uma forma surpreendente....

Uma jovem dança através de paisagens surreais, como se viajasse no tempo, ou nos diferentes cenários da sua vida...

À procura do amor.

E tudo ao som daquelas baladas tão típicas da década de 5o, que apetece dançar.

Desfrutem, para mim que procurava o filme Fantasia (combinação única entre a magia de Disney e a música clássica), soube-me bem encontrar este pequeno filme inédito, pelo menos para mim.

Um luxo visual.

  ;)

 



publicado por Marta M às 21:57
Sábado, 17 de Abril de 2010

(Imagem perfeita - Aqui)

 

Quando a conheci já sabia que ia entregar a minha filha (na altura até por um mês, os meus dois filhos) ao seu cuidado e critério.

Eu estava apreensiva (como em todas as situações em que tive que entregar os meus filhos ao cuidado de alguém - sempre fui muito excessiva nesse ponto...) e ela..sorria.

E continuou a sorrir, sempre que estivemos juntas, nestes últimos 20 anos, apesar de tudo e das "montanhas" que lhe caíram em cima.

Existe exemplo de coragem e espírito positvo maiores do que o da Isabel? Acredito que sim, existirão outros, mas a esta vida e à forma digna como viveu e suportou a doença que a ameaçava há quase 10 anos, eu assisti e dou testemunho.

Anteontem a Isabel partiu, deixando em todos uma sensação de perda em tantos domínios que este post e a minha capacidade de descrever não farão certamente justiça.

O colégio voltou a reunir-se, alunos, ex-alunos, pais e avós  juntaram-se (e reencontraram-se após distâncias de anos) para se despedirem dela. E unanimemente falou-se da sua vida e de como a Isabel marcara e criara laços com todas as crianças (e pais) que passaram pela sua mão.

Os meus filhos (e acredito que muitos outros jovens que lá estiveram também) assistiram ontem ao seu primeiro funeral e isso marcou-os e fê-los pensar e...crescer.

A condição humana e o  fim de ciclo da nossa vida, é algo a que temos que nos ir habituando e dando sentido desde muito jovens, infelizmente.

Ontem não consegui ir ao seu funeral, não havia quem me substituísse na escola, numa 6ªf, tão em cima da hora... Mas estive com ela no meu coração todo o dia e partilhei-o com os meus alunos e colegas...E hoje aqui com os meus amigos.

A Isabel era vital, responsável, positiva e sempre (não exagero) bem disposta. E tinha todas as razões e desculpas para não o ser.

Mas era, e nas conversas que fomos tendo ao longo de anos, sempre se mostrou aberta e generosa para com todos e com a vida, mesmo quando ela não lhe retribuía toda a sua entrega...

Quando lhe confiei os meus dois "tesouros" não conseguia afastar-me do colégio, primeiro sentei-me na escada junto à porta da sala da minha filha (ela, pequenina e assustada, de vez em quando, vinha verificar se eu lá esta, e claro, eu estava!) e depois no carro, olhando para o colégio e pensado se seria seguro ir trabalhar...

A Isabel com a sua imensa sensibilidade apercebeu-me muito cedo desta nossa "dificuldade", e com aquele seu jeito alegre e compreensivo, a cada dia fazia questão de  relatar (detalhadamente) a evolução e a integração da minha filha:

- "Olhe, fique descansada, hoje a M. (usando desde cedo o diminutivo familiar da minha filha) já se chegou a mim e encostou-se às minhas pernas!"

E passadas duas semanas.

                         -" Hoje a M. quando eu estava sentada a contar a história da manhã, levantou o bracinho e abraçou-me pelo ombro"

Ela sabia como estas palavras me eram preciosas e tranquilizadoras.

Tenho uma dívida de gratidão para com a Isabel que não conseguirei nunca pagar, apenas posso falar do privilégio que foi conhecê-la, lidar com ela, e ter certeza que a minha filha não podia ter estado em melhores mãos. Nem tido melhor exemplo.

Tenho a certeza que a Isabel, onde estiver, é uma luz grande e brilhante, tal como sempre se mostrou nas festas do colégio, animando a todos, ensaiando coreografias de dança e ballet ou vestida de Pai Natal...

Por tudo e tanto, descansa em paz querida Isabel, a tua vida teve muito significado, tocou-nos a muitos, e tornou este mundo um lugar melhor.

Que mais se pode pedir?

Bem-Haja à vida por pessoas como ela.

 

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Nota curiosa:

A imagem apareceu-me na pesquisa do google em "educadoras" e, por uma daquelas coincidências inexplicáveis, surge esta imagem. A bata, o nome e até as feições, parecem-se incrivelmente com a Isabel....

 



publicado por Marta M às 18:31
Terça-feira, 13 de Abril de 2010
 

 

E a conclusão:

 

 

A blogosfera parece um catálogo de propostas para encontrar o caminho, se não da felicidade, pelo menos  de "formulas" de aproximação a ela...
Ou formas de ir ao  encontro de um Bem-Estar mais duradouro e consistente.
E até, de propostas de aprendizagem de mecanismos que nos permitam ir aprendendo a lidar e a saber viver nas condições particulares (principalmente das que escapam ao nosso controlo) da nossa vida..
É passar pelas salas das minhas amigas Teresa, Nucha e Manu...
São os mails avulsos que me vão chegando, são os amigos próximos (e outros menos próximos - o que é surpreendente) que me vão falando de pessoas, de livros, de sites, de experiências, de lugares...
Tudo coincidências, pois claro.... ;)
E eu a somar tudo, e aqui do meu lugar, a tentar chegar a algumas conclusões.
Há dias em que me parece que cheguei lá,  mas eis que surge ou acontece algo que vem baralhar tudo outra vez...
E eu, obstinada, continuo a insistir...
Navegando por aí, encontrei por estes dias este livro: "Quem mexeu no meu queijo?". Depois de ler o resumo (existe online em pdf), de visualizar os vídeos, fiquei cativa da linguagem simbólica, clara, lógica e objectiva que atravessa este livro e, resolvi partilhar.
Sei que o livro foi um best seller muito conhecido há 2 anos, mas eu (confesso) só conhecia o título.
Aqui fica, espero que ajude a ir clareando as águas.
A mim, acrescentou! ;)
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NOTA: Pareceu-me oportuno, em tempo de propostas, lembrar hoje o meu post sobre a LEI...


publicado por Marta M às 16:38
Quarta-feira, 07 de Abril de 2010
Respostas...
(legendas em português disponíveis -subtitles)
 
 
Será este o segredo que permite chegar à felicidade?
Será esta a resposta?
Este cobiçado tesouro procurado desde tempos imemoriais, por gerações de homens e mulheres, por caminhos variados e a cada dia mais inventivos, recebe agora o contributo da ciência, ou melhor da Neurociência, que testou e analisou a partir da evidências monitorizáveis no cérebro, os "mecanismos" cerebrais do monge budista Matthieu Ricard, analisando  as reacções neurológicas (dele e de outros)   que se experimentam quando vivenciamos sensações de bem - estar (felicidade?). E, neste exercício, tentar perceber quais os mecanismos pelos quais este homem consegue obter níveis de evidência  de bem-estar em doses tão mais altas que a maioria dos mortais. Níveis esses, associados a sentimentos positivos que ele evidencia de forma quase permanente, como aqueles que ocorrem na sequencia de acontecimentos ou actividades que nos proporcionam prazer, mas que, na sua mente, permanecem evidentes e verificáveis, mesmo quando a vida não lhe corre exactamente como deseja.
Como se este Monge tivessse atingido um nível de paz estrutural que nenhuma conjuntura desfavorável consegue subverter totalmente....
A notícia do Diário de Notícias não sendo recente, já o  referiu, o Jornal também fez eco dela há pouco, a minha  amiga Zilda Cardoso voltou agora a falar do tema, quando alertou para a conferência que Matthieu Ricard, monge budista sujeito ao citado estudo neurológico, fez no Porto em Março - Aproveito para relembrar que o fará em Lisboa, novamente, em fins de Maio.
A conclusão mais extraordinária, para além das inegáveis e esperançosas evidências científicas que encontrei nesta nesta notícia, foi esta:
 "onde mostrou que o monge budista francês conseguiu um equilíbrio entre emoções positivas e negativas jamais visto num ser humano, com desvio para as positivas (entusiasmo, alegria) que anulava as negativas (medo, ansiedade). A conclusão deste estudo de Adam Engle é semelhante: o cérebro não é estável, ele pode mudar"
Bem, esta possibilidade (real) de podermos treinar o nosso cérebro (e coração?) para o bem estar e a felicidade, fascina-me.
Fascina-me também que as práticas de meditação, de relaxamento, de escuta atenta do nosso eu primordial, e da procura da paz interior ocupem os ciêntistas, os jornais, as notícias, as conversas e um número cada vez maior de pessoas apostadas em melhorar-se  e, em conjunto, contribuírem para o bem estar geral.
 Na sala da minha amiga Manu (Cantinho da Manu ) , por uma daquelas coincidências (?) orientadoras com as quais cada vez me deparo mais, encontrei, ou melhor reencontrei, o livro "A Profecia Celestina" e as suas nove revelações que, uma vez lidas, entendidas e levadas à prática (processo ainda em curso em mim...) permitem um grau de lucidez que ajuda a entender e a fazer o caminho.
O nosso e a "facilitar" o caminho dos outros.
Na mesma semana, a propósito de uma crise familiar, a minha cunhada (estudiosa destas temáticas) falou-me deste mestre e de parte da sua aparentemente simples, mas transformadora forma de viver...
Porque tudo me parece interligado, somei todos este acontecimentos recentes e procurei dar-lhes um sentido comum orientador...
Ainda estou neste processo e, como disponho de um pouco mais de tempo até 5ªf, tenho lido muito e meditado mais...
Prometo partilhar quando conseguir fazer uma síntese inteligível ;)
Fecho com uma citação da "Profecia Celestina":
"(...) parecia termo-nos apercebido de que se queríamos mesmo abrir-nos e centrarmos a nossa atenção no nosso potencial inexplorado como seres humanos, o que havia a fazer não era um grupo dizer a outro que devia mudar, numa tentativa de forçar a evolução social. Tinha que ver  com cada pessoa olhar para dentro de si, transformar-se por dentro e, depois pelo efeito colectivo, transformar a sociedade".
 
Ando por aqui a tentar fazer a minha parte ....


publicado por Marta M às 14:45
Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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Aviso:
As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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