Sábado, 31 de Outubro de 2009

Esforçadinho, bem-intencionado...Mas "perfeitinho"?

Nem sequer devidamente actualizado

Quem dera.

A minha amiga Joana, com a sua sensibilidade e muito boa vontade presenteou-me com este selinho e com este desafio. Fiquei  contente pois já o tinha visto por aí..

Já se sabe, quem tem boas amigas, sempre vai recebendo estes mimos, às vezes até mais do que merece.

Sorte, não?

 

Desafio:

1. O link de quem indicou: caminhoparaaliberdade.blogs.sapo.pt  e a minha amiga Teresa ;)

2. Postar o selo: Já está!!!

  3. Passar o selo a 5 blogs perfeitos:

Cantinho da Manu: divclube.blogs.sapo.pt/

Marcolino: marcolinosorio.blogs.sapo.pt/

Isa: umaluznaescuridao.blogs.sapo.pt/

Raio de luar: raio-de-luar.blogs.sapo.pt/

Whisper: whispermagazine.blogspot.com/

 

(As minhas amigas aqui do blog já os receberam, por isso não as nomeio, apesar de serem mais que "perfeitas"!)

 

   4. Responder às perguntas:

 

 Mania – Beber chá muito devagarinho...

 Pecado capital - Ressentimento perene?

Melhor Cheiro do Mundo? A pele dos meus filhos quando eram pequenos.  

Se o dinheiro não constituísse problema: Não é "o" problema, nem de longe (apesar de não ser, nem de longe, um descanso...)  

História de Infância - Sonhar com a família que um dia iria ter..Treinava todos os dias.

Habilidade como dona de casa - Cozinhar e cerzir (sim eu sei que já não se usa, mas que querem, lá jeito tenho - mas não sei como aprendi...) Talvez em outras vidas ;)

O que não gosto de fazer em casa: Passar a ferro :p

Frase preferida - "Melhor é possível" (Laurinda Alves)

Passeio para o corpo - Passeio no campo.

O que me irrita - Arrogância, ignorância, conversas de circunstância...

Talento oculto - Dançar?

Frases que uso recorrentemente: "Já deste o teu melhor?"

Palavrão mais usado- Mesmo correndo o risco de me chamarem puritana...Não uso nunca.

Que querem? Não me sai...

Não importa que seja moda,não usaria jamais: Sapatilhas fora das horas de desporto.

Quem dera ter nascido a saber - Sei que todas as pessoas PODEM mudar, mas só muito tarde percebi que algumas pessoas NÃO querem mudar.

Se tivesse sabido isto desde sempre....

 

 

 



publicado por Marta M às 22:09
Sábado, 24 de Outubro de 2009

Saber esperar

(imagem da internet)

 

Haverá coisa mais difícil?

Dar tempo ao tempo, dar espaço para que tudo se encaixe (sabemos) no tempo certo.

Pois... saber, sabe-se. A questão é que somos apenas humanos...

A questão é que ter paciência é um exercício de aprendizagem para toda uma vida, a questão às vezes nem tanto o "se chegará", é o "quando"! A questão é que ninguém sabe se, quando chegar o momento, estará perto para assistir.

A questão é que confiamos, a vida e a experiência que ela traz já deram mostras que assim será, que tudo fará sentido no fim - sinto-o/sei-o cá dentro. Mas nesta dimensão onde nos é dado viver, precisamos de ir conferindo que o caminho está mais ou menos próximo.

Acordamos de manhã e gostaríamos que fosse esse o dia da "resolução", ou o de sentir o alento de verificar que, pelo menos, a harmonia está de volta ou apenas um pouco mais próxima.

Lemos, experienciamos e compreendemos que tudo tem o seu tempo, mas no fundo, cá dentro, todos nós (mesmo os mais pacientes e serenos) pediríamos o dom da paciência ou apressaríamos os acontecimentos, se um qualquer  Mago que se cruzasse connosco nos oferecesse essa possibilidade.

Mesmo correndo o risco de perder toda uma aprendizagem que nos ajuda a compreender e a fazer o caminho. Há dias em que parece que não aguentamos mais ou temos demasiada pressa.

O pior é que, nessa altura, estragaríamos a harmonia do Universo com a nossa pressa que turva ainda mais a visão recorrentemente incompleta que vamos tendo do Todo...

Ainda bem que, nesta semana complicada, não me surgiu nenhuma Bruxa ou Mago, provavelmente tinha dado cabo de tudo.

Melhor assim.

;)

 

 

 

 

 



publicado por Marta M às 23:13
Domingo, 18 de Outubro de 2009

"Quero lá saber! "

 

" Se a setora for simpática comigo inda vá lá...Senão isto vai ser muuuito complicado.."

 

O tom foi seco, o olhar directo e a mensagem não suscitou dúvidas.

 Esta foi a forma ameaçadora como, no início das aulas, um aluno de 16 anos (8ºAno) se apresentou à turma, mas principalmente a mim, sua professora.  O aluno em questão é muito mais velho que os restantes e mais alto que eu quase um palmo, o seu historial refere uma família seriamente disfuncional, retenções sucessivas recheadas de processos disciplinares e um percurso do pior que tenho encontrado na minha prática lectiva...

Ali estava ele, olhos duros e pouco transparentes, ocupando uma carteira numa aula minha e, portanto, a merecer de direito (goste eu ou não) a minha atenção.

Respirei fundo, procurei olhá-lo nos olhos da forma mais neutra e tranquila que consegui (tinha todos à espera da minha reacção) e respondi:

- "Porque inicias o ano com esse tom? Vou tratar-te como mereceres, por isso a forma como o ano vai decorrer dependerá mais de ti do que de mim. Por mim, serei justa contigo".

E passei ao aluno seguinte, desvalorizando ultimato que me havia sido endereçado.

Não foi fácil.

Confesso que o seu olhar é duro e impenetrável, quase assustador se não se tratasse apenas de um jovem. O primeiro que me ocorreu foi que havia ali muita negligência parental e possivelmente maus tratos (sim, ele aprendera aquele olhar cruel em algum lugar lá atrás...).

Não o acolhi tão prontamente como habitual e, humanamente me confesso, teria gostado que ele ali não estivesse e que "alguém" assumisse essa responsabilidade longe das minhas aulas...Pois, foi o que senti.

Toda a viagem de volta para casa foi a pensar nesse jovem rebelde e ameaçador e na melhor forma de o abordar e controlar, por forma a conseguir dar as aulas num ambiente de trabalho. Inicialmente tive pena dos outros alunos da turma, certamente intimidados por esse colega quase adulto, agressivo e, note-se, já com as hormonas em ebulição. Também tive pena de mim, como não? Sete turmas, 100Km diários e agora este rapaz....

Depois como invariavelmente me acontece, assumo as minhas responsabilidades: É meu aluno! Tenho que encontrar forma de lhe ensinar algo, ainda que não sejam todos os conteúdos da disciplina...

É o que tenho feito há quase 2 meses, perco os 10 minutos iniciais de cada aula a conseguir que o C. se sente,  abra o caderno e esteja em silêncio, depois faço-o participar da aula quer pedindo que faça uma leitura em voz alta, quer endereçando-lhe perguntas que sei estarem ao seu alcance.Lembro-lhe imensas vezes que é o mais velho e que deve dar o exemplo. Contrariamente ao previsto - a maior parte das vezes corre bem.

Esta semana, por algum milagre, o C. esteve atento, concentrado e respondeu correctamente a uma questão simples. Elogiei-o com gosto e, perante a conversação excessiva de outros, lembrei, olhando-o directamente que: -"Alguns têm a fama de desestabilizadores e outros é que fazem barulho!".

Ele percebeu. No fim da aula, enquanto arrumava os meus livros, apagou voluntariamente o quadro antes de sair.

O caminho não é fácil, mas acho que chegarei lá. O C. precisa que acreditem nele e lhe mostrem outros caminhos para além dos que ele pensa que existem.

Se não formos nós na escola, quem?

 

 



publicado por Marta M às 20:59
Terça-feira, 13 de Outubro de 2009

 

 

" Porque ninguém me escuta?" (1943)

As palavras são de Anne Frank, escritas entre os 13 e os 15 anos no seu Diário entre 1942 e a 1945, do seu esconderijo no anexo clandestino de um armazém comercial, em plena 2ª Guerra Mundial.

O seu diário, editado em livro,  é um testemunho intemporal que reúne as cartas que esta jovem judia foi confiando ao seu diário,  dirigidas a uma amiga imaginária a que chamava "Kitty".

"Querida Kitty:", assim começam todas elas. As cartas iniciais retratam uma adolescente típica, ainda que especialmente estudiosa e cumpridora. 

Toda a sua sua vida se transforma no dia em que, fugindo às perseguições Nazis, Anne e a sua família tem que recolher à clandestinidade, num  anexo, em Amesterdão. Permaneceram nesse esconderijo exíguo, sem sol, com mais 8 ocupantes, durante mais de dois anos.Foi esse, como se sabe, o infeliz destino de centenas de Judeus para fugirem às deportações e  aos campos de concentração nazis.

O  diário iniciado em liberdade,  vai crescendo na proporção dos difíceis tempos que lhe tocou viver e o acelerar do seu amadurecimento é evidente no seu último ano de escrita. O seu espírito analítico e crítico vai-se apurando e, em vesperas do seu esconderijo ser desmascarado e invadido pela gestapo, é uma Anne madura, realista e surpreendentemente introspectiva que escreve a última carta que se lhe conhece.

Anne morreu em Março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, dois meses antes da libertação da Holanda.

Li este livro, oferecido pela minha mãe, com muita emoção no ano de 1977  (assim consta debaixo de uma assinatura infantil que me fez sorrir...). Lembro-me da ansiedade com que, no fim das aulas o procurava, quer pelas afinidades que sentia com aquela jovem adolescente , quer pelo sentimento profundo de revolta que sentia ao ir incorporando a noção do seu sofrimento e da profunda injustiça que sofrera...

Recordei-a esta semana pela divulgação de imagens inéditas desta Anne, minha amiga, cujo rosto só se conhecia fotograficamente. O vídeo foi divulgado pela  Fundação Anne Frank e foi notícia nos jornais e televisões de todo o mundo.

Para mim foi emocionante observá-la assim "viva" e vibrante - em movimento - na janela da sua casa, num dia de festa. Conhecer visualmente este quotidiano de Anne, apenas alguns meses antes de que o mundo lhe caísse em cima, humanizou-a ainda mais para mim.

E resgatou-a, ajudando a corporizar a sua energia vibrante, a sua alma confiante e  esperançosa  que se percebia,  mesmo nas piores circunstâncias, na sua escrita.

Reconheço-a nestas imagens, ou melhor, reconheço o seu espírito inquieto e empreendedor.

Agradeço de forma penhorada a quem casualmente a filmou nesse dia e hoje permite vê-la assim, finalmente, em liberdade...



publicado por Marta M às 15:31
Quarta-feira, 07 de Outubro de 2009

Fotos de José Ramos - Revista Wisper:  whispermagazine.blogspot.com/

 

 

 "Por aí não há caminho!" - Disse-me ela ontem, essa colega, agora amiga. Amiga daquelas que, palpita-me, veio para ficar na minha vida.

Conheci-a há pouco mais de uma ano, em trabalho e, desde esse dia (numa análise em Conselho de Turma), comecei a confiar no seu olhar "demorado" e perspicaz....

Tínhamos agendado há algum tempo esta "conversa" de fim de tarde e ontem foi o dia.

Foi ontem, portanto, o dia em que respondendo às minhas inquietações, escutei o que quis, mas principalmente, o que não me apetecia nada ouvir.

O seu discurso é seguro, coerente e sábio. Resulta de anos de estudo e reflexão séria sobre a vida e os seus caminhos e...da sua experiência, que daria um livro.

Não é de minha natureza assumir sem contra-argumentar, mas confesso que ontem senti sérias dificuldades em aguentar a sua argumentação ou  para negar o acerto de algumas das suas palavras.

Há pessoas assim que surgem na nossa vida, de repente, de onde menos esperamos e nos trazem "recados" que apesar de virem através da sua boca, parecem provir da própria vida, ou pior, fazem eco do que já se "sabia" dentro de nós.

E nós, convictamente (?), a negá-lo...

Foi um exercício de humildade e aprendizagem. Fiquei mais lúcida e ganhei perspectivas novas que, sozinha, seria muito mais difícil alcançar...Ajudou-me a pensar melhor e a "ver de fora".

Estava a precisar.

Foi um ganho sem preço.

Obrigada M. pela tua generosidade e pelo teu tempo.

Obrigada  à Vida por permitir que apareçam cada vez mais pessoas assim  no meu caminho.

 

 

 

 

 



publicado por Marta M às 20:21
Sábado, 03 de Outubro de 2009

Acenda uma vela para fortalecer esta luta desigual, aqui:

www.lightamillioncandles.com/

 

Amigos:

Existem coisas maravilhosas neste mundo, que nos inspiram e que nos fazem sentir mais vivos, mais em linha com a nossa natureza e com toda a humanidade que partilhamos..Bem hajam os que as acrescentam ao mundo.

Depois, existe o outro lado...

Aquele que não queremos ver, nem ler, nem ouvir...Mas que está lá, por mais que o tentemos ignorar.

Aquele lado que nos mostra que, talvez, ainda estejamos próximos de uma existência primária que nos envergonha enquanto espécie e nós coloca no fim da escala evolutiva.

E sim, não basta virar a cara ou mostrar horror, é necessário juntar a nossa voz a esta luta e assumir que, se a sociedade continua a produzir estes seres contranatura, e se existe mercado para isto é porque a procura existe, provavelmente numa dimensão que nos assustaria conhecer na totalidade.

Algo andaremos a fazer de muito errado na educação dos nossos jovens porque, apesar de toda a evolução técnica e social, continuamos a produzir pessoas doentes, muito doentes como essas...

Principalmente, é preciso juntar o nosso esforço, tempo e voz, na permanente e atenta  defesa de todas as crianças contra estes perigosos predadores.

Não será muito, eu sei, é apenas um simples apoio virtual, mas será um bom incentivo à luta para quem se "levantou", construiu o site e pretende dar visibilidade à sua revolta e pressão junto de diferentes entidades, essas sim, capazes de ir pondo cobro a isto.

É possível não apoiar os que se levantam, se colocam no pelotão da frente e se dispõem a agir?

A responsabilidade de tornar habitável este planeta é de todos, já  E. Kant o dizia:

"Só poderemos evoluir mesmo enquanto espécie"  e somando as evoluções individuais, acrescento eu.

Todos juntos, portanto.

 

 

 



publicado por Marta M às 23:07
Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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Aviso:
As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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