Viver dentro de um quadro...
Quando há 3 anos,consegui juntar os fundos que me permitiam viajar com a minha família para o estrangeiro o destino era óbvio: Londres!
Tinha e continuo a ter um fascínio por essa cidade e pela sua particular e cosmopolita forma de vida. Visitar o Museu Britânico, para uma apaixonada pela História como eu era, nessa capital, incontornável.
Entrando naquele espaço que transpirava cultura e acolhia a minha alma como um ninho, senti-me em casa. Fui indicando a todos para que desfrutassem daquele espaço mágico como entendessem. Foi assim que, em grupos de dois, começámos a "viajar"..
De repente, numa sala, do lado esquerdo, lá estavam eles - os Girassóis...
Sei que existem outras variações sobre o tema pintados pelo génio de Vincent Van Gogh (gosto de todos! ), mas este de 1888, estava alí a dois metros. Quem conhece o museu sabe que em frente a este quadro existe um banco, calculo que milhares já sentiram a necessidade de sentar ali para "viajar" dentro daquela obra única. Certamente por isso ele está ali...
Foi o que fiz..
Como descrever esse momento?
Os meus olhos que se encheram de lágrimas perscutavam cada centímetro daquele quadro mágico e tentavam analisar e sentir cada pincelada ou "entrar" dentro de cada cor.
Há algo nos quadros de Vincent, há força, há cor, há vida que pulsa e atrai...
Em mim que gosto de cores neutras ou escuras em quase tudo, aquela erupção de gradação de luzes e cor atrai e ata de forma apaixonada. E faz sentido.
Gostaria de saber mais sobre arte para o descrever com mais mestria, porque de facto só me apetecia ali ficar a "viver" dentro daquele caixilho de madeira.