Segunda-feira, 19 de Novembro de 2012

 A todos os amigos que aqui deixaram uma mensagem e muita energia positiva, fica a minha penhorada gratidão.

À vida porque me permitiu aprender outra valiosa lição.

Foi bom vir aqui e ler palavras encorajadoras -ajudavam a pensar que não estava sozinha, como na realidade me sentia...

O meu pai recupera devagar e, apesar de alguma confusão pontual e de dores constantes, penso que conseguirá reconquistar a sua vida e a sua autonomia.

O meu pai vive sozinho e separado da minha mãe há muitos anos.

Vitima de atropelamento, fracturou a clavícula, a omoplata, duas costelas com consequente rasgão da Pleura e, o mais preocupante, uma ligeira FCE com um pequeno derrame interno. Tudo isto aos 76 anos, feitos ontem.

Foi um milagre não ter tido mais ferimentos. Ou não ter tido um desenlace mais triste.

Falarei com detalhe mais tarde sobre o transformadoras que foram estas duas últimas semanas, para ele e para mim, principalmente.

Frente a frente, estivemos sozinhos numa enorme casa perante a adversidade. E uma relação que sempre foi distante e tensa, perante a necessidade e  sem alternativa, tornou-se próxima e fisicamente dependente.

E instalou-se um sentimento de compaixão que restaurou amor...

Para queles que como eu, acreditam que nada ocorre em vão ou por acaso, partilharei mais isto, porque foi sentido e creio que muitos de nós, se estivermos atentos, recebemos sinais semelhantes...

Nesse dia  (Sábado) de manhã, quando  andava às compras, os meus olhos pararam num senhor que estava de costas para mim. Visto de  trás era exactamente como o meu pai.

Ele nunca se virou e não lhe procurei o rosto ( o meu pai mora longe daqui), mas fitei-o por momentos a pensar que sabia tão pouco dos hábitos do dia-a-dia e de compras do meu pai, que há tantos anos vive afastado e voluntariosamente autónomo...

Continuei por entre escolha a de laranjas a observá-lo de forma discreta e... o sentimento veio do nada:  Saudades.

Saudades? Mas de onde veio isto? - pensei.

Sem entrar em exposições desnecessárias ou na devassa da vida da minha família, direi apenas que "saudades" é um sentimento que experimentei poucas vezes nesta relação  que  está  longe de ser próxima ou fluida...

O sentido ficou a bater forte dentro de mim e falei dele ao almoço em casa, todos estranharam porque como referi, não é usual na nossa dinâmica familiar.

Senti-me estranha e incomodada toda a tarde.

À noite, 20.30h, veio a razão:

- "D.Marta M? É do hospital da G., o seu pai foi atropelado e segue, grave, para Coimbra".

 

Lemos e contam-nos sobre situações semelhantes, mas só quando acontece connosco

é que percebemos o quão surpreendente pode ser a vida.

E como ela nos conduz...

 



publicado por Marta M às 19:29
Sábado, 29 de Setembro de 2012

Mesmo mais reflexiva e silenciosa, não recuso a minha voz quando a injustiça me cerca...

Estarei amanhã em Lisboa a mostrar, a reforçar o meu desagrado e a exigir que a austeridade necessária seja também mais humana e gradual.

Porque "Vemos, ouvimos e lemos - não podemos ignorar (Sophia de Mello Breyner)", porque a vida sempre flui e estamos sempre a tempo de a recomeçar...

Porque temos bons e óptimos amigos que partilham vídeos inspiradores quando mais eles nos fazem falta...

Pelo que ficou dito e por todo o potencial mudança que sempre existe à nossa frente, vou à luta e deixo aqui este vídeo que veio por mão amiga e que já hoje me fez voltar sorrir...

E continuar a acreditar.



publicado por Marta M às 01:39
Segunda-feira, 12 de Março de 2012

(Em branco)

Esta tela em branco está aberta - à espera das cores que a vida a vai pintar - a espera dos resultados...

Fiz a minha parte. Aguardo.

Junto aqui este livro, A Profecia Celestina, que teve um grande impacto na minha vida e foi uma peça fundamental para a contínua construção (tentativa?) da filosofia de uma não- alinhada como eu...

Alguém que gosta de colher, de aprender, mas que tenta nunca fechar (ou ainda não chegou lá..) a amplitude da perspectiva...

Porque ando a repetir coisas para mim, no sentido de que a redundância que uso nas minhas aulas, faça eco permanente e definitivo em mim...

Deixo-as aqui também:

-Livre-se do apego a um único resultado;

- Deixe o mistério desenredar-se;
- Permaneça aberto.
 
 
 
Nota vital: Tem sido muito difícil praticar...
 


publicado por Marta M às 20:00
Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2012

"Não perguntes porquê,

Pergunta: Para quê?"

 

 

 

Sim, todos os dias obrigo-me a colocar esta pergunta /ordem.

Desde  que saio da cama e saúdo o dia e a luz - repito-a. 

As aprendizagens são mesmo assim, nada valem senão puderem ser testadas.

Confrontadas.

Nada de pena, nada de revolta, apenas o esforço que procura contornar e alterar a situação.

E a aceitação de que haverá, mesmo que não pareça, uma razão.

Acrescento a certeza de que esta fase exigente, no fim, me há de fortalecer e levar mais longe...

E não será esta a primeira, nem a última vez.

 

Todos os dias, mesmo que não apeteça, repito a máxima, e  obrigo-me a integrar tudo isto.

 

 

Nota: As razões, as explicações não importam expôr aqui, são as todos nós em alguma fase da nossa vida, por isso a frase fica só por si, como inspiração para quem precisar. Eu preciso.

 



publicado por Marta M às 19:15
Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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Aviso:
As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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