Sexta-feira, 18 de Maio de 2012

Sim amigos: Retoma!

É uma boa palavra para estes tempos e nós e os europeus ansiamos por ela, não é?

Retomo, a um ritmo um pouco mais lento que o habital, o cuidado do meu cantinho.

E ilustro-o com este cartaz, idealizado, pensado e nunca distribuído de facto pelo governo inglês, no sentido de levantar a moral aos súbditos de sua Majestade quando, no início da 2ª Guerra Mundial, face aos cenários negros, quando tudo faltava e os alemães (sempre eles, não?) ameaçavam destruir e dominar a Europa e o desespero grassava, se tentou conservar a esperança e a dignidade social.

Com o devido respeito e a devida proporção, procuro manter-me serena num tempo de turbulência pessoal e profissional.

De vez em quando, parece que a vida testa a nossa evolução e atira-nos ao chão a ver se, de verdade, conseguimos levantar-nos e retomar o caminho.

Neste último mês e meio a minha vida deu uma volta de 360º. E tive que adaptar-me.

O professor em pré-reforma (64 nos)  que eu estava a substituir até Agosto, teve ordens para retomar o seu lugar na escola findas que foram as autorizações para reformas antecipadas. Em 4 dias, ele que não dava aulas há anos e eu que estava completamente integrada na escola, trocámos de lugar.

Tudo em nome da sacrossanta, cega e venerada poupança orçamental...

Dizer que foi difícil, inesperado e, pedagogicamente errado, chega?

Não, não chega.

Após as primeiras ondas de choque e do choro que controlava a a custo, com o coração partido, arrumei o meu cacifo, despedi-me dos meus meninos, da minha direcção de turma e...Vim para casa.

Se pudesse considerar algo positivo desta experiência inusitada para mim, foi a possibilidade de perceber o quando custou aos meus meninos separar-se de mim...As manifestações de carinho, a festa surpresa, o abaixo-assinado dos pais e mesmo a intervenção do Director a  meu favor, foram um bálsamo que ajudou muito a manter a minha serenidade aparente...

Agradeço de coração o carinho recebido nesse momento e as mensagens que ainda agora me chegam. Muito, muito acima do que esperaria ou contava merecer.

Entretanto a minha graduação profissional ( e as 30 candidaturas que apresentei) já me permitiram - felizmente - conseguir  outro lugar numa outra escola.

Nesse momento, dedico-me intensamente a preparar outros níveis de ensino e a acolher na minha vida todos estes novos meninos.

Com calma, um passo de cada vez, respirando fundo e fazendo de forma honesta e empenhada cada uma das nossas tarefas,

sejam elas quais forem - conseguimos sempre ir em frente.

Tudo tem o seu tempo.

 



publicado por Marta M às 17:42
Olá Marta,
A vida, de vez em quando, prega-nos rasteiras, não é minha amiga? Mas elas também servem para perceber o quanto somos fortes. De contrário nunca teríamos noção dos nossos limites.
Desejo que tudo te corra muito bem nesse novo desafio. Tenho a certeza que todas as manifestações de carinho e solidariedade que te chegaram dos teus meninos (e pais) e colegas te darão a força necessária para seguir em frente.
Beijinhos
a 18 de Maio de 2012 às 21:05

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Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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