Sexta-feira, 22 de Julho de 2011

Às vezes fico a pensar se determinadas atitudes são de coragem ou de covardia..

Por exemplo: Atirar tudo o que penso (ou tudo o que me vem à cabeça) para cima de alguém, limpando a garganta e o coração, é coragem?

Será que tenho esse direito?

Será que despejar sobre alguém sacos e sacos de acusações misturadas com a nossa frustração, faz bem a nós e ao outro? Ou só a nós?

E quando não se deixa passar a oportunidade e, covardemente, aproveitamos a ocasião em que alguém está na berlinda e, portanto, é a um alvo mais fácil e fragilizado e esvaziamos o saco dos assuntos pendentes ...Não será isso covardia das piores?

E quando não temos justificação racional (nem no coração) para um destempero e excesso e escapamos pela lateral, justificando-nos com as palavras e acusações de outros, cruzando abusivamente relações e problemas de 2, em consequências para 4 ou mais?

E quando alguém legitimamente magoado nos pede responsabilidades e justificamos os nossos actos pelas atitudes do outro?
O certo é que cada um é responsável por si, pelas suas palavras... e faz as suas próprias escolhas, digo eu.

De facto, nos últimos tempos, tenho assistido muitas destas fugas, assim...Pela lateral. E com muito barulho e adjectivos associados.

Parecem fortes assim juntos, a tentarem falar a uma só voz...

Mas não será por fraqueza que se associam? Por insegurança?

Pois, nem tudo o que parece coragem o é, de facto.

Nem tudo é claro à primeira, mas se olharmos com atenção e tempo -entendemos.



publicado por Marta M às 18:26
Olá Marta,

Mais um belo post, com um assunto bem pertinente e tão vasto, quero eu dizer, daqueles que tem pano para mangas.

Sabes, noutros tempos, talvez há uns 10 anos atrás, se lesse este post, diria logo de caras, isso é covardia, sem dúvida alguma, todos os exemplos que deste descrevem insegurança emocional, ou seja, as atitudes, os gestos, as palavras, ficam abafadas, é um arrastar, um acumular, um fujir da realidade, que dá medo, sufoca, daí a explosão aproveitando um pequeno rastilho, chegam as des(culpas), as dúvidas, as reacções abusivas, as acusações, o passar por cima de outros, dizer tudo o que tem mofo, e depois voltar a sair pela lateral. Pelo menos naquela hora saíu, mas e depois...a rotina se instala.
Por isso a tal covardia.

Mas hoje, já analiso de forma diferente, aliás, tento ser congruente, ver os dois lados, não apenas um como fazia antes (o meu , claro). Posso entender essa "covardia", estender a mais precedentes, outras vertentes, pois só assim conseguimos sair de situações crónicas e indesejáveis entendes?

Defendo a coragem , é por ela que tomamos atitudes, rompemos o que precisa ser quebrado, e dizemos sim ou não sem mais demoras. Muitas vidas são passadas atravancadas em terrenos psicológicos lamacentos e pegajosos por causa da falta de coragem para fazer o que se sabe precisa ser feito.
Ter coragem não exclui passar sufoco, ficar angustiados, ter dúvidas e penar. Para ter coragem é preciso ter a dignidade de sacudir a poeira do comodismo e tomar uma atitude.

Nesse caso, não importa quando foi, não importa como foi, não importa com quem foi, se foi correcto, se foi demasiado. se foi fora do tempo, se foi covardia, egoísmo, não importa pensar, importa reagir...e a essa reacção chama-se CORAGEM!!...É assim que penso hoje e amanhã, porque "Sem coragem, a sabedoria não dá frutos" e precisamos dela para avançar em frente, terminar esse capítulo, em vez de entreter, repetir as cenas e se acomodar.

Perante as situações, sem ter visto o filme todo, diria que, certas reacções são de coragem ou pelo menos tentativas, o que revela dignidade.

Bejinhos Marta, já me estiquei demais...
Fica bem!!
libel a 24 de Julho de 2011 às 00:18

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Afinal quem penso que sou..
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