Quinta-feira, 23 de Junho de 2011

Pois, já faz um ano que escrevi este  post e agora tenho que voltar a fazê-lo...

Nada de novo para o meu coração, nada de novo na minha vida.

O meu coração já se habituou a expandir, a expandir e a criar espaço para os acolher nesses grandes grupos que entram todos os anos na minha vida.

E depois de todos instalados, depois de perceber quem é e o que precisa cada um...Pois chega o dia de partirem e de os entregar novamente à vida.

Sou professora contratada pelo Ministério da Educação, o quer dizer que apesar de ter sempre trabalho anualmente, nunca fico na mesma escola -concorro às colocações cíclicas. E, olhando para o cenário do nosso país, acredito que me reformarei nessa condição...

Mas isso não me preocupa em demasia, havendo trabalho e  alunos para acolher e ensinar, podendo exercer a minha profissão de forma digna, já tenho muito.

Assim foi também neste ano, com tristeza e saudades lá me despedi deles. Lá lhes lembrei, mais uma vez sorrindo,  que podem e devem fazer boas escolhas... Mas depois, alguns olham de forma mais atenta e demorada, devolvem o meu olhar de carinho e, olhos húmidos, não se querem igualmente despedir e eu perco a força, desarmo, e os abraços começam e não se querem desfazer.

E o mais engraçado e compensador é verificar que, aqueles que foram os mais irreverentes, aqueles a quem exigi mais, aqueles a quem ralhei - e, até, coloquei para fora da sala de aula - pois são exactamente esses cujo olhar mais custa a desviar e a dizer "até qualquer dia".

A eles e a mim.

Até a minha turma de alunos PIEF (12 alunos de etnia cigana e dois bebés incluídos na sala) que me deu das maiores dores de cabeça dos últimos 10 anos de profissão (falarei deles com detalhe oportunamente), sim até eles mostraram emoção e tenho a certeza que aprendemos muito uns com os outros durante este ano lectivo.

Na última semana, multipliquei-me em atenções e conversas mais ou menos individualizadas com todos aqueles que, percebi, careciam de um conselho mais assertivo ou maternal. Sim, não queria ser surpreendida como já fui por uma aluna que estava a passar por um verdadeiro drama em casa e só muito mais tarde me apercebi disso...

Agora são as avaliações com a ponderação e rigor que isso implica - nunca confundo estas vertentes e sou sempre exigente neste domínio. Eles bem sabem.

É com esse trabalho que me ocupo nos próximos dias...Mas, dos olhinhos deles, das sua vozes - já tenho saudades.

E a escola está tão silenciosa... :(



publicado por Marta M às 22:20
Assim é, Manu .
É mesmo assim que me sinto e percebo que deve ser assim...Fico em paz....
Sei que provavelmente nunca efectivarei nesta profissão, provavelmente não devo permanecer nas escolas uma vez o trabalho feito...
E procuro dar o melhor de mim, isso é verdade. Também não quer dizer que seja o suficiente, nem o mais acertado sempre, mas sei que venho em paz, com aquela paz que só se alcança depois da tarefa concluída.
Quando há muitos anos me foi feita acarta astrológica, a Flávia M. disse-me que teria de abrir-me ao mundo e a grandes grupos e...de forma continuada. E na altura nem pensava em ser ainda professora ;)
E disse muito mais,mas isso é conversa para duas um dia destes, prometido?
Abraço grato e espero que a tua estadia por aqui tenha corrido bem :)
Marta M

Fiquei contente e ao mesmo tempo surpreendida por teres feito a tua carta com a Flávia.
A minha astróloga como lhe chamo num modo mais intimista, foi aluna dela.
Teve cancro na mama o acaso fez com que na altura conhecesse a Flávia, que lhe começou a fazer Reiki e o certo é que o mal foi debelado. Era funcionária pública, deixou tudo, fez o mestrado em Reiki e tirou o curso de astrologia.
Em tempos fui assídua frequentadora do espaço lindo que tem em Lisboa ..o Quíron, não sei se conheces.
Desculpa este palavreado todo, mas não resisti a tamanha coincidência.
Aguardo ansiosa umas horas de conversa contigo face to face...combinado?

Manu

Sim Manu.
Conheço bem o Quiron e o seu Jardim.
A Flávia e a sua sabedoria e ciência,foram fundamentais na minha vida há muitos anos..Penso que em 96 /97 - mais ou menos.
Ainda tenho a carta que ela e uma colaboradora (de que não consigo ter a certeza, mas seria Alexandra..?) me fizeram.
Já em tempos pensei de lá voltar e fazer uma nova leitura...
Foi uma experiência muito, muito enriquecedora. Marcou.
Gira, mais esta coincidência amiga...
Mais uma para falarmos :)
Até qualquer hora..
Abraço
Marta M
Marta M a 4 de Julho de 2011 às 22:55

Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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Aviso:
As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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