Sexta-feira, 28 de Outubro de 2011

Eu pedi forças

E Deus deu-me dificuldades

Para me fazer forte

 

Eu pedi sabedoria

E Deus deu-me problemas

Para resolver

 

Eu pedi prosperidade

E Deus deu-me o cérebro

E músculos para trabalhar.

 

Eu pedi coragem

E Deus deu-me obstáculos

Para superar.

 

Eu pedi amor

E Deus deu-me pessoas

Com problemas para ajudar.

 

Eu pedi favores

E Deus deu-me oportunidades.

 

Eu não recebi

Nada do que pedi

Mas recebi tudo o que precisava.

 

(Prece publicada por Laurinda Alves na saudosa Revista XIS )

 

Foi mesmo assim, quanto mais ajuda pedia, mais carências e desamparo se iam revelando ao meu redor...

E percebi, como refere a oração acima, que o amor que eu pedia, que entendia me estar a ser injustamente negado...

Pois esse "amor" podia encontrar outras formas de se fazer presente na minha vida.

Em plena agenda de reuniões intercalares, quando leio os processos dos alunos, escuto as  directoras de turma relatar alguns percursos, quando conheço alguns encarregados de educação...O meu coração gela.

Depois, quando sabedora destas fragilidades, olho alguns dos meus alunos nos olhos, tudo se clarifica...

E percebo todo o campo imenso e sedento que espera pelo meu cuidado e atenção.

A vida é  surpreendente e tem, mesmo à nossa revelia, planos para nós.



publicado por Marta M às 18:19
Quinta-feira, 20 de Outubro de 2011

Vale!

Depois de tudo o que nos tem caído em cima e, talvez, exactamente por isso, procuro intensivamente razões para continuar a acreditar no meu país.

E luto e procuro-as, porque preciso (precisamos) delas. Mais do que nunca.

Depois de em choque, ter visualizado estas imagens de desamparo e crueldade (aqui, por exemplo) percebo com mais certezas porque é que nós valemos a pena.

Esta situação indigna e desumana não poderia ocorrer em Portugal.

Tenho a certeza disso. E vocês também.

Temos alma e compaixão e, para o bem e para o mal (que nos ocupamos por vezes demasiado da vida alheia) o outro existe e conta.

Por isso amigos, façamos o que é preciso, lutemos para que haja limites quando abusarem da nossa paciência e boa vontade, lutemos por reformar o país e a classe política... Mas não se desista do país.

Não se baixem nunca os braços.

Pode faltar-nos os meios financeiros, podemos não estar a crescer economicamente como a China, mas temos o que é mais importante e não trocaria este país por nenhum outro...

Como disse Fernando Pessoa *  que, também, compreendeu a nossa alma:

"Tudo vale a pena, se a alma não é pequena"

 

A nossa Vale, repito.

 

Nota*- Erro meu! Coloquei as palavras de Fernando Pessoa na boca de Camões. Penso que é um erro comum e, provavelmente, tenho persistido nele há anos..Agradeço a mfssantos a chamada de atenção. Abraço grato para ti.



publicado por Marta M às 12:32
Quarta-feira, 12 de Outubro de 2011

GOSTA

"Gosta das pessoas. Gosta de cada pessoa. Das suas almas. E se não gostares de alguém, se achares que esse alguém tem muitos defeitos, eu te desafio a encontrares as suas qualidades. Eu te desafio e a encontrares a alma dessa pessoa.(...)"

 

Recebo estas mensagens semanais através de uma newsletter deste site e, algumas vezes, o que leio ou escuto, surpreende.

Esta semana a mensagem, cujas partes de maior substância subscrevo hoje, era sobre essa  possibilidade de gostar da "alma" das pessoas...Não delas, não dos seus hábitos ou do seu "personagem social", mas daquilo que é o seu núcleo e o melhor delas...

Do seu eu verdadeiro, do seu potencial, sem os artifícios, sem inseguranças - nossas e delas.

Esta proposta leva-nos longe, rompe com os nossos esquemas mentais e custa-nos aceitar, não é?

Conseguiremos mesmo gostar de alguém que nos irrita? Cujos hábitos, ou conversa nos agasta e não subscrevemos minimamente?

Será que sou capaz de deixar os outros serem inteiros perante mim sem os julgar?

Sem os intimidar ao ponto de recorrerem ao personagem?

Difícil...Por enquanto, prefiro aceitar a outra proposta: "te desafio a encontrares as suas qualidades."

Isso já me parece humanamente possível, porque é um exercício que fazemos na escola, todos os dias com os nossos alunos, onde o nosso olhar há de fazer sentir a estes jovens, mesmo os que estão notoriamente "perdidos", que esperamos sempre o melhor deles...

E na maioria das vezes, felizmente, eles correspondem.

Encerro com mais esta citação:

"Conversem, como amigos, sobre os vossos pontos de vista e façam alianças pessoais em que ambos ganhem. Nas quais ambos se vejam a ganhar. Não há alma que não queira a harmonia. Não há alma que não queira o amor. Não há."

Pois não, digo eu, mesmo aquelas que não sabem como lá chegar...

 



publicado por Marta M às 21:20
Quinta-feira, 06 de Outubro de 2011

 

 

Acrescentar, deixar diferente quando partimos...

Fazer com que a nossa vida faça a diferença, nas suas próprias palavras - "devolver":

"(...) Falamos uma língua que outras pessoas desenvolveram. Usamos uma matemática que outras pessoas fizeram evoluir…Quero dizer, estamos constantemente a apropriar-nos de coisas. É uma sensação maravilhosa e delirante sentir que criámos algo que devolvemos ao conjunto da experiencia e do conhecimento humano."

Quando ontem à noite a notícia começou a correr me rodapé na SicNotícias, triste, mandei uma mensagem ao meu filho para que visse as notícias..Não lhe disse porquê. Há coisas que não apetece dizer...

Sei como este seu discurso capaz de mudar o mundo (já hoje pulicado pelo Jorge e pela Sentaqui) foi impactante e decisivo na vida do meu filho há pouco mais de um ano.

Todo o seu trabalho é desenvolvido nessa área e, há pouco mais de 5 meses, assistiu  em S.Francisco a parte de uma conferência internacional cujo principal orador era Steve Jobs, embora não conseguisse lugar na sala para o ouvir pessoalmente...

Depois ele ligou e falámos desse jovem homem e da enorme perda humana e criativa que se abatera sobre o mundo.

Particularmente sobre o mundo onde ele trabalha se move:

-"Todo o meu trabalho, faço por causa dele e das criações dele..." - Confidenciou-me.

Revisitámos o seu percurso, a sua arquitectura mental, a sua humanidade e a sua visão criativa única e inspiradora.

- "Um homem destes aparece a cada 100, 200 anos, Mãe..."

Eu sei, filho, eu sei.

E dou graças pelo seu bom exemplo e pela felicidade que me invade ao perceber que ele é um dos teus ídolos.

Diz também muito de ti.

Obrigada também por mais isto Steve -fica em Paz.



publicado por Marta M às 10:43
Vejo o mundo, somo o que me acontece, vejo os outros, as minhas circunstâncias....Escolho caminhos e vou tentando ver o "lugar" dos outros
Afinal quem penso que sou..
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Aviso:
As imagens que ilustram alguns posts resultam de pesquisas no google, se existir algum direito sobre elas, por favor,faça-me saber. Obrigada.
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