Há anos que gosto este conceito tão tipicamente familiar e americano:
Um dia por ano para dar Graças pelo tanto que se viveu e recebeu e em que nos obrigamos a elencar tudo o que nos foi acontecendo, principalmente as bênçãos.
Ok, concedo também - algo perigoso...Mas estava tudo, antecipademante, prevenido e controlado, acreditem-me ;)
Não é bonito e inspirador?
Sim, há anos que falo no assunto, mas foi a minha filha que colocou em prática a ideia, pela primeira vez este ano. E disse que de hoje em diante, agora cá em casa e depois na dela (!), faremos desta celebração uma tradição familiar.
E esta é mesmo nossa, já que no Natal há que rumar às origens, corresponder às expectativas e acertar agulhas com tradições (?) que nem sempre são as que escolheríamos...
Avançando, eu achei a ideia deliciosa e, mãos na massa, preparei o menu do "Dia do Peru" (turkey day) - o dito cujo, portanto.
A minha filha e uma amiga querida fizeram as batatas - doces, o milho, os brownnies e as saladas - tudo delicioso.
Outro amigo de sempre, trouxe a apple pie que estava uma tentação.
Tudo muito bem reconstituído e só não se falou inglês porque eu sou uma negação para essa (e outras) línguas ;)
Estávamos apenas nós, o núcleo duro da família e dois amigos que já fazem parte dela.
Foi interessante e trabalhoso, mas o melhor de tudo mesmo, dispensando os dramas que se exploram e se conhecem dos filmes americanos, onde estas (e outras) festas familiares se apresentam como um acerto anual de "contas pendentes", ou todos os excessos que lhe estão associados, sem troca de presentes, demos as mãos à volta da mesa e foram feitos agradecimentos por tudo e pelo tanto que se viveu no último ano nesta casa...
Foi bom recordar que nem todos foram dias bons, nem de perto, mas que os bons existiram, marcaram, e estamos também, gratos por eles.
Todos nós.
Às vezes, conseguimos essa plenitude que se sente quando, muito de vez em quando, acertamos :)